Roberto Muggiati exalta a perenidade da arte do jazz e a força do bebop
Para ser lido ao som de Mark Murphy em Bebop Lives

Dois guris brasileiros criados no Vale do Silício estavam de mudança para a Grande Maçã no último Natal. Felipe, 17 anos, sax tenor, e Diogo, 15, trompete, graças à liberalidade da instrução musical nas escolas americanas, já tocavam um jazz razoável para a idade. Seu endereço em Nova York? A 52nd Street, conhecida como Swing Street (consta nas placas), rua dos clubes de jazz nos anos 40/50 e berço do bebop. No meio do caminho, no coração da América, tocaram um original de Charlie Parker, Au Privave. O pai, engenheiro, é também esperto em teclados e saxofone. A mãe, uma bela flautista. O tio, David Feldmann, um consagrado pianista de jazz carioca, com trânsito internacional. O tio-avô – este que vos escreve – arranha um saxofone tenor desde os 18 anos, estudou dez anos com o Mauro Senise. Assim, quero consignar aqui, a perenidade da arte do jazz e a força do bebop. Refletidas, também, nestes quatro anos do site amajazz, capitaneado pelo gaúcho porreta (eu diria “arretado” se fosse nordestino) Márcio Pinheiro, e amantissimamente garatujado por uma constelação (Constellation é outro original do Bird) de escribas entre os quais tenho a honra de me incluir. Bebop lives! AmaJazz 4ever! Com a palavra final, Billie a maior de todas: