Eduardo Osório Rodrigues lembra algumas das inspiradas tabelinhas do jazz, envolvendo gênios como Herbie Hancock

Na porta de entrada de alguns estúdios deveria haver uma plaquinha com a seguinte frase: “Silêncio: Pelés e Coutinhos gravando”. A analogia com o futebol não é descabida, mas gol de placa se considerarmos a qualidade dos craques escalados para esta lista.
Aqui estão algumas das inspiradas tabelinhas do jazz. Uma seleção de especialistas nas palhetas, nos pistos, nas teclas, nas cordas, nas baquetas e na arte vocal, que emocionou ouvintes. Encontros como os de Charlie Parker e Dizzy Gillespie, de Duke Ellington e John Coltrane e de Clifford Brown e Sonny Rollins, entre outros tão bons quanto estes, não marcaram apenas pela sonoridade brilhante obtida com a combinação de instrumentos diferentes. Destacaram-se, sobretudo, pelo trabalho coletivo a partir da genialidade de cada um.
Duvida? Então ouça estas 15 aulas magnas de contrapontos, momento da música em que duas ou mais vozes melódicas se sobrepõem, e do padrão pergunta e resposta, sem que a beleza do que está sendo tocado se perca e o ouvinte que está fruindo aquela experiência se afaste. Nesta hora até os deuses da música entram em campo.
- Herbie Hancock e Willie Bobo em Succotash
- Archie Shepp e Horace Parlan em Nobody Knows The Troubles I’ve Seen
- Al Cohn e Zoot Sims em Improvisation For Unaccompanied
- Charlie Rouse e Bennie Green em Melba’s Mood
- John Coltrane e Duke Ellington em In a Sentimental Mood
- Gerry Mulligan e Chet Baker em My Heart Belongs to Daddy
- Bill Evans e Jim Hall em I’m Getting Sentimental Over You
- Benny Golson e Lem Winchester em Will You Still Be Mine?
- Clifford Brown e Sonny Rollins em Flossie Lou
- Houston Person e Ron Carter em How Deep is The Ocean
- John Coltrane e Cannonball Adderley em Milestones
- Duke Ellington e Louis Armstrong em I’m Just A Lucky So and So
- John Coltrane e Johnny Hartman em They Say It’s Wonderful