João Maldonado explica como um ensinamento de Wynton Marsalis foi fundamental em sua carreira musical
Para ser lido ao som de João Maldonado Quarteto em Ventos do Sul
Há alguns anos, no Rio de Janeiro, participei de um Masterclass com Wynton Marsalis, e ele me disse o seguinte: “Você quer tocar jazz? Então comece tocando e dominando o blues nos 12 tons”. Aquela lição ficou na minha cabeça e eu concluí que jazz é liberdade, coletividade, democracia e improvisação. Muitos devem achar que é fácil, mas não é. Precisa de muito estudo e de referências para poder se encontrar. No meu caso, me reencontrar depois de quase quatro décadas”.
Agora, com 37 anos de carreira, eu que iniciei pelo jazz, passei pelo rock com o TNT, fui o primeiro pianista de blues do Rio Grande do Sul, tocando com Solon Fishbone, e, no Chile, onde vivi por sete anos, fui considerado o melhor guitarrista de blues, até o momento em que retornei ao Brasil, ao piano e ao jazz, consegui gravar meu primeiro disco. Neste álbum todas as músicas têm melodia, como se os instrumentos cantassem, porque eu ouvi a lição de Wynton Marsalis.
O álbum tem 12 músicas, todas compostas por mim. A novidade deste disco é a união de ritmos como o rap da Negra Jaque e o regionalismo de Ernesto Fagundes. Estão ao meu lado, os músico Amauri Iablonovski (sax-soprano), João Rizzo (trompete), Everson Vargas (baixo acústico) e Cesar Audi (bateria). Ainda pude contar com as participações de Alex Prinz “Anjinho” (trompete), Gunter Kramm Jr. (sax), Huberto “Boquinha” (trombone) e Julio Rizzo (trombone). O lançamento oficial será no dia 1º de novembro, às 19h, na concha acústica do Theatro São Pedro, em Porto Alegre.
AmaJazz 