Antônio Carlos Miguel volta aos festivais cariocas de maio para completar o que faltou listar e dá breve pitaco sobre as surpresas do MIMO
Faltou um na geral sobre os festivais outonais cariocas: o TIM Music Rio. Evento que chega à segunda edição. Gratuito, na altura do Posto 4 da Praia de Copacabana, com shows nesse e no próximo fim de semana, a partir das 16h.
Então, aparentemente sem link oficial para o festival, ganha aqui direito a pequeno serviço, chupado de publicações na rede. É uma forma de compensar a falha do repórter, que, privilegiado, quase não sofre mais o assédio de assessorias de mídia, perde pouco tempo com TV aberta e sai pouco de casa.
O elenco vai da MPB à música urbana, do samba à batucada pop.
Monobloco & Juliana Linhares & Aliene Paes / Daniela Mercury (nesse sábado, 20); Roda de Samba de Preto da Serrinha, com Jorge Aragão / Matuê (domingo, 21); Bala Desejo / Caetano Veloso (sábado, 27); Liniker / BaianaSystem (domingo, 28).
Bom que seja gratuito, mas, reforça a estranheza de acontecer tudo ao mesmo tempo. Tem datas coincidentes com C6 (nesse sábado) e MITA e B2B (no próximo fim de semana).



Nico Sorin Piazzolla Electrónico | A saxofonista Lakecia Benjamin e, ao fundo, o contrabaixista Ivan Taylor | O cabo-verdiano Mario Lucio e, ao fundo, o baterista do quinteto português Os Kriols
MIMO mimou quem experimentou um surpreendente elenco
Logística à la Pazzuello à parte dos produtores desses eventos, das casas de espetáculos e dos gestores culturais públicos, é saudável ter mais shows gratuitos. Na terça-feira, quem enfrentou o trânsito congestionado da Avenida das Américas para chegar ao MIMO Festival, na Cidade das Artes, foi recompensado por grandes concertos. Destaques para o performático Nico Sorin Piazzolla Electrónico, o vigoroso jazz da saxofonista Lakecia Benjamin e a didática apresentação do cabo-verdiano Mário Lúcio, acompanhado do grupo português Os Kriols.
O problema do MIMO para curiosos e sem preconceitos musicais é ter, em alguns momentos, dois shows com horários simultâneos. Lamentei ter que pular de palco, perdendo o fim de alguns e o começo de outros. E , infelizmente, o complexo com ótimos teatros, salas de exposição e imensa área em torno, é de acesso difícil. Fui de metrô e ao chegar na Av. das Américas, tudo parado. Perdi o violonista português de abertura e, para não perder o último trem, também o artista de Congo.

Texto delicioso, e visão crítica inspiradora e perfeita como sempre! Bjss